Em ação conjunta, Vereadoras frutalenses sugerem distribuição de absorventes íntimos para mulheres carentes
Quatro vereadoras apresentaram uma indicação na qual sugerem ao Executivo a distribuição de absorventes para mulheres que estão passando por dificuldades financeiras durante a pandemia.
Conforme o pedido (que foi assinado por Irma Rezende Rocha, Juliene Sabino da Silva, Maíza Signorelli Nunes e Gislene Maria da Silva), a Secretaria de Assistência Social poderia elaborar um relatório das famílias mais vulneráveis residentes no município para a posterior distribuição.
No documento, elas observam que o tema foi abordado em reportagem do “Fantástico” que destacou que a chamada “pobreza menstrual” é pouco abordada e debatida no Brasil, sendo comum a falta de recursos financeiros para inúmeras mulheres em todo o país que não conseguem comprar produtos de higiene como os absorventes.
As estimativas apontam que as meninas chegam a perder até 45 dias de aula a cada ano letivo por falta de acesso e adquirir absorventes íntimos, o que prejudica o desempenho escolar.
A reportagem mostrou pesquisa realizada pela marca “Sempre Livre”, em 2018 apontando que 19% das mulheres entre 18 e 25 anos não possuem acesso aos absorventes higiênicos devido ao preço elevado do produto, que é considerado um cosmético e não um instrumento básico de higiene.
No entendimento delas, a Prefeitura deveria abraçar a iniciativa, pois consideram a cruel realidade que é a falta de recursos de mulheres e meninas carentes para manter uma boa higiene no período de menstruação.
“Não reconhecer isso é admitir a supressão do princípio da dignidade humana. E, realmente, trata-se de uma questão de higiene, tal como o papel higiênico. Mas, mais do que isso, trata-se de dar dignidade a mulheres e meninas pobres, sem acesso ao produto indispensável mensalmente. E ainda, trata-se de facilitar o acesso de meninas pobres à educação e de mulheres pobres ao mercado de trabalho”, asseguram.