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#𝗔𝗚𝗢𝗦𝗧𝗢_𝗟𝗜𝗟𝗔́𝗦 𝗖𝗮̂𝗺𝗮𝗿𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮 𝗱𝗲 𝘀𝗶𝗺𝗽𝗼́𝘀𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗲𝗻𝗳𝗿𝗲𝗻𝘁𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗮̀ 𝘃𝗶𝗼𝗹𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮 𝗮 𝗺𝘂𝗹𝗵𝗲𝗿 𝗽𝗿𝗼𝗺𝗼𝘃𝗶𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗣𝗼𝗹𝗶́𝗰𝗶𝗮 𝗠𝗶𝗹𝗶𝘁𝗮𝗿

Por iniciativa do comando do 69º Batalhão de Polícia Militar, foi realizado no anfiteatro da UEMG, na quarta-feira (24), o 1º Simpósio de Enfrentamento à Violência Doméstica contra a Mulher. A Câmara esteve representada pela vereadora Gislene Silva.
Neste evento, que teve como tema “Não à Violência contra a Mulher”, participaram membros da Polícia Civil, Ministério Público, Poder Judiciário e outros representantes de classes e profissionais diversos.
Para o chefe da seção de comunicação da PM, tenente Ricardo Arakaki, o evento conseguiu atingir seu propósito pela participação dos órgãos que atuam na defesa dos direitos das mulheres, bem como pelos temas relevantes abordados na ocasião.
Segundo ele, foi uma grande oportunidade para esclarecer a importância do registro do Boletim de Ocorrência e coleta das provas nos crimes ligados à violência doméstica.
“Temos a patrulha de prevenção da violência doméstica em que as mulheres podem procurar que iremos providenciar o acompanhamento e direcionamento das vítimas para os demais órgãos competentes. Todos estão trabalhando para garantir proteção às mulheres”, salientou.
A integrante da patrulha de prevenção, soldado Vivian Daniele Alves, esclareceu que, quando a mulher está convencida de que é o momento para denunciar porque está cansada de sofrer a violência, ela deve procurar os meios propícios.
Um dos recursos é a Delegacia da Mulher em que a vítima pode fazer a denúncia e solicitar uma medida protetiva. Ou, ainda, pode ligar no 190 que terá uma viatura para fazer o registro do boletim.
A mulher vítima de violência também pode receber apoio de órgãos como o Creas, o Cras e o “Projeto Acolher”. Nestes casos, ela e o agressor serão monitorados a fim de que garantir que ela não corra mais risco após formalizar uma denúncia.
“Nosso objetivo aqui é alertar mais as mulheres sobre seus direitos. Muitas vezes, elas não sabem a quem recorrer e quais os seus direitos. Pela Lei Maria da Penha, ela pode colocar os filhos na escola e ser assistida pelo Cras, além de poder receber ajuda para custos diários como gás, moradia e alimentação. É preciso quebrar esse ciclo de violência que ocorre no dia a dia”, argumenta.
Também o juiz de Direito, Thales Cazonato, enfatizou a importância da reunião para troca de informações e ideias e para que todos possam trabalhar garantindo mais segurança às vítimas de violência doméstica.
“Estamos mostrando para a sociedade que existe um trabalho forte que tem dado resultados. Já são dois anos que não temos nenhum feminicídio na cidade, principalmente pelo trabalho da Polícia que é a primeira que chega no local e colhe as provas”, destaca.
O promotor de Justiça, Rogério Maurício Nascimento Toledo, frisou que é preciso buscar meios de combater a violência, lembrando que também os vizinhos das vítimas podem fazer denúncias.
Segundo ele, esse tipo de crime é progressivo, geralmente iniciando com a violência moral e psicológica, que pode se desencadear em violência patrimonial, moral e agressão física e até o feminicídio.
“Quando a mulher identificar qualquer tipo de violência, ela deve procurar a rede de atendimento para ter acompanhamento. Desta forma, vamos trabalhar a fim de evitar que o agressor cometa um crime maior”, lembra.
Uma das palestrantes do evento foi a psicóloga Ana Carla Ferreira Silveira, que atua no “Projeto Acolher”. Conforme ela explica, é feita a avaliação da situação da vítima e um amplo trabalho na prevenção e orientação delas.
“É de suma importância esse simpósio para podermos divulgar o trabalho que é realizado, capacitar as pessoas e tirar dúvidas em relação a Lei Maria da Penha. Esse é um marco, o início de uma grande caminhada que a gente vai ter nos próximos anos. É de grande valia a presença de todas essas autoridades que estão diretamente ligados em nossa rede de proteção contra a violência doméstica”, ressalta.
Na opinião do delgado Bruno Geovanini, que está há 9 anos na Delegacia da Mulher de Frutal, o evento foi de grande relevância porque mostra a integração entre as forças, já que não é possível trabalhar sozinho para solucionar esse tipo de problema.
“Precisamos trabalhar de forma integrada, coordenada e organizada para que funcione essa rede de proteção da mulher vítima de violência. Será melhor ainda se ela nos procurar primeiramente porque já temos uma estrutura formada com essa finalidade. Lá, ela é orientada a respeito de tudo que precisa fazer para obter o máximo de proteção, conhecendo seus deveres e entendendo a complexidade da situação, bem como os passos a serem tomados”, concluiu.
Ele informa ainda que existe um whatsapp disponível para se denunciar a violência doméstica que é através do número (31) 9.9806-6367.
A vereador Gislene Maria, que representou a Câmara no evento, ficou satisfeita com o simpósio e orientações prestadas na ocasião. “Desta forma, vamos poder orientar as vítimas de forma correta e atuarmos para que o agressor não fique impune, bem como para que as vítimas não fiquem desacreditadas na lei”, argumentou.

 

EDITAL SUSPENSO - ANEXO

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